Qualidade da água: o ponto de vista biológico

Acompanhando a qualidade da água

Em áreas rurais e urbanas, a presença de corpos d’água que servem a múltiplos fins é uma constante. Há rios cujas águas são usadas para irrigação, reservatórios que destinam-se ao abastecimento ou geração de energia, lagos naturais ou artificiais que permitem a pesca, estuários que recebem embarcações e mercadorias, praias que recebem banhistas e pescadores….muitas são as atividades que podem se desenvolver através dos recursos hídricos.

Por isso, a manutenção da qualidade de água em todos esses contextos é uma demanda importante, e que precisa ser acompanhada de perto. Esse acompanhamento torna-se possível através de coletas frequentes de diversos parâmetros físicos, químicos e biológicos. O resultado desse conjunto de parâmetros oferece um panorama sobre o ambiente avaliado, permitindo entender melhor a relaçao de cada atividade com o corpo d’água em questão.  

Parâmetros usuais

Há uma variedade de parâmetros interessantes para avaliação da qualidade de água. Do ponto de vista físico, alguns exemplos são: cor, turbidez, sabor, odor e temperatura.

Já nos parâmetros químicos, encontramos variáveis como: pH, acidez, dureza, oxigênio dissolvido e teores de ferro, manganês, cloretos, nitrogênio e fósforo.

Esses parâmetros por si só são bastante informativos, ainda mais quando analisados em conjunto. Mas há ainda a possibilidade de adicionar uma nova camada de análise na qualidade da água, e aí entram os parâmetros biológicos.

As variáveis biológicas incluem a identiicação e quantificação de organismos aquáticos de diversos grupos, como é o caso do plâncton, macrófitas e dos peixes. Cada um desses grupos apresenta organismos com níveis de tolerância distintos frente a perturbações. Alguns organismos são adaptados a habitar ambientes com condições mais instáveis, por possuirem poucas exigências para se estabelecer e manter. Outros, demandam condições mais específicas e ambientes de maior estabilidade para que possam existir e crescer suas populações.

Como as demandas ambientais desses grupos estão diretamente ligadas ao estado físico e químico da água e sedimento, a avaliação integrada de todas essas frentes de análise gera resultados reveladores e de maior confiabilidade!

Qualidade da água

A importância de uma avaliação integrada

Mas afinal, como saber se os valores obtidos para esses parâmetros todos são bons ou ruins? Com o objetivo de padronizar e dar diretrizes mais claras para interpretar a qualidade da água, há algumas normas e resoluções que servem como referência. Através delas se estabelecem as quantidades aceitáveis para cada parâmetro, a depender do uso para o qual aquela água se destina.

Alguns exemplos são:

  • Resolução CONAMA 357 (2005), dispõe sobre a classificação dos corpos de água, e diretrizes ambientais para o seu enquadramento;
  • Resolução CONAMA 274 (2000), define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras;
  • Portaria de Consolidação Nº 5 do Ministério da Saúde, Anexo XX (2017), e Portaria Nº 888 (2021), do controle e da vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Além disso, especialmente para os parâmetros biológicos os resultados devem ser sustentados também por referências bibliográficas como livros e artigos científicos, que permitam comparar a ocorrência e densidade das espécies entre ambientes similares. Dessa forma, cada vez mais informação é compilada acerca das espécies aquáticas e sua relação com a integridade ou alteração ambiental. E esses resultados acumulados direcionam melhorias no estudo e compreensão dos sistemas aquáticos!

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